Zahran disse que visitou recentemente Damasco e se encontrou várias vezes com autoridades sírias. Segundo ele, pode-se afirmar que Damasco está se preparando para contra-atacar.
De acordo com o especialista libanês, pessoas comuns de Damasco não estão atentas às inúmeras ameaças dos EUA, a vida segue de modo habitual. No entanto, na esfera oficial, autoridades e militares consideram duas opções principais para o ataque à Síria.
"Em primeiro lugar, pode ser um ataque com mísseis em decorrência do encontro do príncipe árabe com o presidente norte-americano. Depois do último encontro, a base aérea síria de Shayrat foi atingida. Nesse caso, a resposta da Síria não será dirigida contra o Daesh ou contra a Frente al-Nusra, mas será direcionada para as bases americanas no território da Síria. Elas já estão marcadas nos mapas como possíveis alvos para o contra-ataque", explica o especialista.
"Em segundo lugar, as autoridades sírias esperam uma intensificação da guerra psicológica e de informação para intimidar a Síria. A presença de Bashar Assad em Ghouta Oriental foi um aviso de tal ataque", acrescentou.
"Não acredito que Israel inicie uma guerra por conta própria", reforçou Salem Zahran.
Finalizando, o especialista destacou a importância de Moscou no confronto.
"Hoje a Rússia escreve a história, devolvendo o equilíbrio à arena política. A unipolaridade americana está ficando no passado", destacou.