A destruição do reator nuclear na Síria demonstra prontidão de Israel de impedir que seus adversários, incluindo o Irã, possuam armas nucleares, afirmou no Twitter o ministro da Inteligência israelense, Israel Katz.
"A operação e seu êxito deixam claro que Israel jamais permitirá que armas nucleares fiquem nas mãos dos que ameaçarem sua existência – Síria, naquela época, e o Irã, agora", assinalou o político.
Representantes da Força Aérea israelense afirmaram que ataques aéreos ao reator nuclear sírio foram realizados quando a construção da instalação já estava no estágio final. Em meio à guerra civil no país, a província de Deir ez-Zor, onde o reator se encontrava, foi conquistada pelos terroristas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
A desclassificação desta missão israelense evidencia a segunda vez que militares israelenses destruíram um possível gerador de energia nuclear de um país vizinho na região. Em 1981, a Força Aérea de Israel realizou ataques a um reator nuclear do Iraque.
Damasco ainda não comentou as declarações de Israel sobre destruição do reator nuclear.
Israel encara atividades do Irã como ameaça à segurança nacional e continua alertando que o país estaria construindo uma base militar permanente ao sul de Damasco.
Fevereiro foi marcado pela maior escalada do conflito entre Israel e o Irã na Síria. O exército israelense afirmou ter interceptado um drone iraniano lançado a partir do território sírio. Em seguida, a Força Aérea de Israel bombardeou alvos iranianos na Síria. Os sistemas de defesa aérea síria reagiram, o que resultou na derrubada de um caça F-16 israelense. Na segunda onda de ataque, as forças de Israel atingiram 12 alvos na Síria, incluindo baterias de defesa aérea síria e instalações militares iranianas, segundo as Forças de Defesa do país.