A declaração foi dada diante da Comissão de Assuntos Exteriores do Reino Unido. Boris Johnson teria afirmado ainda que "Ninguém pode escapar das mãos da vingança russa". O secretário então teria apontado que "o momento [do ataque a Salisbury] está provavelmente relacionado de forma estreita com as recentes eleições realizadas na Rússia".
"Como fazem muitas figuras não democráticas quando estão diante de uma eleição ou um momento político crucial, é uma forma muitas vezes atrativa de invocar a imaginação pública e a noção de um inimigo", teria dito o secretário.
Há menos de uma semana, Boris Johnson fez outras acusações contra a Rússia, dizendo que era "muito provável" que o ataque contra Sergei Skripal e sua filha Yulia teria sido uma decisão de Vladimir Putin. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou essas acusações como escandalosas e imperdoáveis".
Não é a primeira vez que a Rússia é objeto de acusações por parte do Reino Unido sem que nenhuma prova seja mostrada. No final de 2017, Johnson afirmou que a Rússia estaria tentando supostamente interferir nos assunto internos de seus país, em particular nas eleições locais e no Brexit, mas não apresentou provas que justificassem as afirmações.
O incidente desencadeou uma crise diplomática que vem crescendo nas últimas semanas. A primeira-ministra britânica Theresa May culpou a Rússia pelo ocorrido e cortou relações bilaterais com o país, expulsando russos do território britânico.
A Rússia refuta as acusações, e apesar de oferecer uma investigação mútua, retaliou as ações britânicas, declarando 23 funcionários da embaixada do Reino Unido em Moscou personae non gratae.
Sergei e Yulia permanecem em estado crítico.