Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (22), o presidente do Instituto Aço Brasil afirmou que o setor viu com bons olhos as últimas notícias que isentaram o Brasil das tarifas de aço dos EUA, mas permanece cauteloso quanto à negociação que se segue.
No entanto, Marco Pollo ainda aguarda uma publicação do órgão do governo dos EUA responsável pelas tarifas, a Representação de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) além do pronunciamento do secretário de comércio Wilbur Ross.
Apesar disso o setor de aço brasileiro já toma medidas para adiantar as negociações, que segundo fontes da Casa Branca consultadas por Marco Pollo, iriam até meados de abril.
O Instituto Aço trabalha com a ideia de que serão negociações duras, mas que o volume de exportação do Brasil e a necessidade norte-americana sobre o material devem pesar na decisão.
Para conseguir melhores resultados, o Instituto tem entrado em contato com o presidente Michel Temer, que teria garantido que faria uma ligação nos próximos dias para o presidente dos EUA, Donald Trump.
Além de Temer, Rodrigo Maia também teria garantido uma visita junto a um grupo de deputados ao embaixador norte-americano no Brasil. Mais também afirmou que prepara um viagem a Washington para prosseguir com as tratativas.
Outra medida tomada pelo Instituto é a contratação da empresa Steptoe & Johnson para assessorar a negociação com USTR.
Segundo informa o instituto, o mercado ainda não reagiu de forma negativa à imposição de tarifas por meio do decreto de Donald Trump.
"Não sentimos ainda nenhum efeito significativo", afirmou, apontando que as negociações a janela das negociações garante "tranquilidade aos exportadores e importadores para operarem em condições normais”.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá, que junto ao México, já estava protegido das tarifas devido ao NAFTA.