Contudo, de acordo com o novo estudo, publicado na revista Genome Research, os restos encontrados no Atacama pertenciam a um bebê que sofria de diferentes alterações genéticas responsáveis por afetar o desenvolvimento de seus ossos.
"Agora sabemos com certeza que se trata […] de um bebê nascido prematuramente, ou ao contrário, nascido tarde demais e por isso morreu praticamente logo depois de nascer. Acho que seria melhor devolver o corpo ao Chile ou sepultá-lo conforme as tradições dos povos locais", afirmou Garry Nolan, geneticista da Universidade Stanford (EUA).
Diferentemente do caso Aleshenka, cujos restos foram perdidos antes de serem analisados por especialistas, o corpo de Ata tem sido estudado pela comunidade científica há mais de 15 anos.
Contudo, ainda em 2013, Nolan e seus colegas conseguiram decifrar uma parte do DNA de Ata e revelaram que os restos pertenciam a uma pessoa que faleceu muito rapidamente.
O cientista tentou revelar também as origens da aparência tão peculiar da criatura, lançando duas teorias principais. Ata era uma criança de 8 anos que sofria de formas extremas de nanismo e outras disfunções, podendo ter morrido ainda enquanto feto devido à progéria, ou seja, envelhecimento prematuro.
Como resultado, geneticistas encontraram 600 genes drasticamente afetados por mudanças negativas, muitas das quais estavam relacionadas à escoliose, a disfunções na síntese de colágeno e tecido ósseo, ao envelhecimento prematuro, a anomalias em número de costelas e a outras particularidades do corpo de Ata. Tudo indica que a menina teria morrido na infância ou quando ainda era feto.
O estudo posterior do DNA de Ata pode ajudar os cientistas a revelar os motivos de desenvolvimento de muitas doenças congênitas, relacionadas ao esqueleto, e a encontrar meios potenciais de seu tratamento.