Deste modo o governo de Xi Jinping quer incentivar os investidores a usarem contratos futuros petrolíferos expressos em yuanes a partir de 26 de março na Bolsa Internacional de Energia de Xangai (INE).
O petroyuan é um passo lógico para Pequim. Em 2017, a China ultrapassou os EUA e se tornou o maior importador e consumidor de petróleo do mundo. E esse consumo continua crescendo. Nos dois primeiros meses de 2018, a China importou 9,02 milhões de barris por dia, mais que no ano anterior.
O êxito dos planos da China dependerá de como será recebido esse contrato futuro fora da China. Será necessário que o contrato seja negociado não apenas entre investidores chineses, mas também entre estrangeiros. Por isso o governo de Xi Jinping decidiu oferecer benefícios fiscais para aqueles que apostem em futuros petrolíferos expressos em yuan e não em dólares.
"Ainda é muito cedo para falar se esse contrato poderá competir com o WTI e o Brent. Isto só se saberá em alguns anos", explicou ele.
Ao mesmo tempo, o especialista é otimista em relação ao contrato futuro em petroyuan porque a China continua sendo "um grande mercado e o maior importador de petróleo do mundo".
Os futuros do petróleo denominados em yuan serão utilizados, sobretudo, pelos comerciantes de petróleo chineses. Entretanto, os investidores estrangeiros podem ser dissuadidos pelo fato de que o yuan ainda não é uma moeda livremente conversível. A falta de conversão livre do yuan terá um certo impacto no desejo dos investidores estrangeiros de participar da negociação de novos contratos futuros, sublinhou o analista.
Desafiando o negócio do petróleo tradicionalmente denominado em dólares, a China iniciará negociações de futuros petrolíferos expressos em yuanes em Xangai em 26 de março, de acordo com a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários do país. O comércio também será orientado para os estrangeiros, representando a primeira iniciativa do tipo desde a tentativa da China de lançar no mercado contratos de futuros petrolíferos em 1993.