Trump não teme guerra comercial com a China e não recuará, afirma Mnuchin

© AP Photo / Jacquelyn MartinSteven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, com sua mulher Louise Linton, mostram novas notas de um dólar, sendo elas as primeiras a luzir sua assinatura e a da Tesoureira, Jovita Carranza, em 15 de novembro de 2017
Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, com sua mulher Louise Linton, mostram novas notas de um dólar, sendo elas as primeiras a luzir sua assinatura e a da Tesoureira, Jovita Carranza, em 15 de novembro de 2017 - Sputnik Brasil
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Apesar das ameaças de retaliação da China sobre os planos norte-americanos de impor tarifas de até US$ 60 bilhões em bens chineses, o secretário norte-americano do Tesouro, Steve Mnuchin, disse neste domingo que o presidente Donald Trump não tinha intenção de recuar e não estava preocupado com uma guerra comercial.

"Vamos continuar com nossas tarifas. Estamos trabalhando nisso", disse Mnuchin ao jornal Fox News Sunday. "Então, como disse o presidente Trump, não temos medo de uma guerra comercial, mas esse não é o nosso objetivo".

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O temor de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China fez com que os preços das ações dos EUA caíssem. O índice Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 perderam quase 6% até o final da semana passada.

Um memorando presidencial assinado por Trump na semana passada terá como alvo US$ 60 bilhões em produtos chineses com tarifas sobre o que seu governo diz ser apropriação indébita da propriedade intelectual dos EUA, mas somente após um período de consulta de 30 dias que começa quando uma lista é publicada.

Trump deu ao Departamento do Tesouro 60 dias para desenvolver restrições de investimento destinadas a impedir que empresas e fundos controlados por chineses adquirissem empresas dos EUA com tecnologias sensíveis.

Mnuchin disse acreditar que os Estados Unidos possam chegar a um acordo com a China sobre algumas questões, mas disse que as tarifas não serão suspensas "a menos que tenhamos um acordo aceitável que o presidente assine".

Ameaça de Pequim

A China instou os Estados Unidos a "recuarem do limite" das tarifas e ameaçou retaliar ao atingir as exportações agrícolas norte-americanas.

Sem dar um prazo, o Ministério do Comércio da China disse que o governo está considerando uma tarifa de 25% sobre a carne suína dos EUA. Porém, não anunciou tarifas potenciais para a soja.

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A senadora republicana Joni Ernst, de Iowa, grande exportador de produtos agrícolas para a China, disse neste domingo ao programa Face the Nation, da rede CBS, que o Estado dela e outros Estados do centro seriam prejudicados por qualquer retaliação.

Iowa é o maior Estado dos EUA para produção de suínos. A China importa mais de um terço de toda a soja dos EUA.

"Ninguém vence em uma guerra comercial", disse ela. "Então, se eles começarem a retaliar, veremos um impacto significativo — um impacto muito prejudicial não apenas em Iowa, mas também no Meio-Oeste", disse ela.

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