Conflito Israel-Palestina virar guerra religiosa seria a maior catástrofe na região

© AP Photo / Nasser ShiyoukhiUm grupo de advogados palestinos segura bandeiras nacionais durante um protesto contra a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital do Estado judeu, em 13 de dezembro de 2017
Um grupo de advogados palestinos segura bandeiras nacionais durante um protesto contra a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital do Estado judeu, em 13 de dezembro de 2017 - Sputnik Brasil
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A tensão entre Palestina e Israel chegou a mais uma escalada depois da decisão do presidente Donald Trump de transferir a embaixada norte-americana a Jerusalém.

Abdelhafiz Nofal, embaixador palestino na Rússia, comentou para a Sputnik Árabe as possibilidades para uma resolução do conflito palestino-israelense.

"Por enquanto as ações dos americanos [para resolver o conflito] não podem ser chamadas de positivas. Tudo começou com o anúncio sobre transferência da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém. Tal abordagem não pode satisfazer os palestinos", afirmou o embaixador.

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Ele explicou que para resolver os quatro problemas principais entre Israel e Palestina — estatuto de Jerusalém, refugiados palestinos, questão das fronteiras, assentamentos — assuntos como o da embaixada têm que ser acordados por ambos os lados.

Diplomata palestino destacou que pela parte palestina foi tomada a decisão que no conflito palestino-israelense os palestinos querem uma mediação internacional e não a dos EUA. Ele acrescentou que a Rússia poderia desempenhar um papel mais importante neste assunto, realizando um diálogo construtivo com EUA, China e países ocidentais para criar um mecanismo novo para resolver o conflito.

"Hoje em dia, a questão palestino-israelense é a mais complicada no mundo. Se o conflito palestino-israelense se transformar em uma guerra religiosa entre judeus, por um lado, e cristãos e muçulmanos por outro, seria a maior catástrofe para toda a região", frisou.

A comunidade internacional tem que reagir do modo mais rápido possível para evitar isso, disse Abdelhafiz Nofal, acrescentando que a Palestina não exige muito da Rússia, pois esta passa por um período difícil devido às sanções, mas ficaríamos muito gratos por quaisquer esforços.

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