Mofaz, israelense nascido no Irã que foi ministro da Defesa na época em que Bolton liderava missão norte-americana na ONU, por sua vez, aconselhou os republicanos radicais a não atacar Teerã. O ex-chefe da Defesa israelense explicou não acreditar que um ataque ao Irã fosse uma decisão "sábia", tanto para Tel Aviv como para Washington.
Bolton, que defende "opções militares" em muitos países, incluindo o Iraque, no dia 9 de abril deve substituir o conselheiro de Segurança Nacional, Herbert McMaster, dias depois de o chefe da CIA, Mike Pompeo, ocupar o cargo de Rex Tillerson como novo secretário de Estado. O surgimento de novos líderes responsáveis pela política externa na administração norte-americana deixou muitos políticos do Capitólio preocupados com possível preparo completo de Trump para guerra.
Em meio às tensões entre Teerã e Washington sobre o destino do acordo nuclear assinado com o país persa em 2015, Trump anunciou a nomeação de John Bolton na quinta-feira (22). Em comparação com o seu antecessor Tillerson, Pompeo parece ser mais a favor de uma política externa de confronto contra o Irã. Sendo assim, Bolton parece ser uma pessoa que se encaixa perfeitamente na agenda de pressão máxima.
Na época escreveu: "Os EUA poderiam fazer um trabalho minucioso de destruição, mas Israel não consegue sozinho fazer o necessário. A ação deve ser aplicada com forte apoio norte-americano para se opor ao Irã, consequentemente, para mudança do regime em Teerã."