Os Estados Unidos, Rússia, França, Índia e China terão os exércitos terrestres mais poderosos do mundo até o ano de 2030, escreve Robert Farley, especialista militar, em seu artigo para o jornal The National Interest.
Por sua vez, as Forças Armadas da Rússia passaram por um período extremamente difícil depois do colapso da União Soviética, diz o artigo. De acordo com Farley, em virtude do financiamento adequado, o exército russo, em particular suas divisões privilegiadas, renovou-se e agora "ameaça os vizinhos com seu tamanho e treinamento".
"O exército russo permanecerá como uma força mortal em 2030, no entanto, enfrentará problemas sérios. O acesso à tecnologia pode representar o maior problema no futuro", acredita Farley.
Em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik, Vladimir Olenchenko afirma que essa suposição está longe de ser verdade.
"Acredito que isso é escrito para leitores norte-americanos desinformados, já que a Rússia demonstrou sua capacidade de criar armas que ultrapassam as de outros países. Portanto, dizer que podemos nos distanciar da tecnologia, não é apenas um exagero, mas uma distorção da realidade", frisou Olenchenko.
O artigo aponta a França como o único país europeu que preservará o poderio de suas forças armadas. A Índia está na retaguarda de seus concorrentes em tecnologias militares, entretanto, não economiza em adquiri-las dos EUA, Rússia e Europa.
Vladimir Olenchenko supôs como surgiu o artigo.
"Estou longe de pensar que a publicação nasceu como resultado de alguns esforços intelectuais e emocionais. Provavelmente, o artigo pretendia ser um 'incentivo' que, por um lado, deve justificar novos gastos dos EUA e, por outro, 'empurrar' o conflito entre a Índia e a China. Acho que essa publicação tem um objetivo 'multifuncional'", concluiu Olenchenko.