"Se querem brigar comigo, vamos brigar. Eu gosto da briga. Não sou homem de correr da briga. Mas vamos respeitar a democracia nesse pais. Democracia pressupõe a convivência na diversidade", afirmou Lula, em vídeo postado nesta quarta-feira.
O petista relembrou o surgimento do nazismo na Alemanha e traçou um paralelo com a realidade brasileira. "O que estou vendo agora é o quase surgimento de um nazismo. O nazismo para surgir contou muitas mentiras", comentou.
Para o ex-presidente, é inaceitável que se aceite qualquer figura que se associe ao que defendia o nazismo ou o fascismo, e que a disputa entre antagonistas deva se resumir às urnas.
"O que estamos vendo agora não é política, porque se eles quisessem eles lançariam um candidato e iriam para a urna", declarou Lula, reforçando que disputa eleições presidenciais no país desde 1989 e que respeitou cada um dos resultados, mesmo naqueles em que perdeu.
Lula ainda mandou um recado para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e para o presidente Michel Temer (MDB), a fim de que ambos cumpram o seu papel em defesa da democracia e do direito de todos os brasileiros.
"O que esperamos é que quem esteja no governo estadual e federal, seja golpista ou não, garanta o direito de todo e qualquer brasileiro", pontuou o petista.
A Polícia Civil e o Ministério Público estão investigando o ataque contra a caravana do ex-presidente, quando tiros foram disparados contra ônibus que integravam a comitiva petista, entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná.
Lula não estava em nenhum dos veículos alvos dos disparos. Ninguém ficou ferido. Anteriormente, a caravana do ex-presidente já foi alvo de ovos, pedras e paus, além de bloqueios encampados por movimentos antipetistas.