'Humilhação' de premiê nos EUA gera revolta no Paquistão e temor por sanções econômicas

© REUTERS / Faisal MahmoodPakistan's former Petroleum Minister and Prime Minister designate Shahid Khaqan Abbasi arrives to attend the National Assembly session in Islamabad, Pakistan August 1, 2017
Pakistan's former Petroleum Minister and Prime Minister designate Shahid Khaqan Abbasi arrives to attend the National Assembly session in Islamabad, Pakistan August 1, 2017 - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro do Paquistão, Shahid Khaqan Abbasi, foi submetido a uma verificação de segurança em aeroportos durante uma recente visita aos EUA, enfurecendo a mídia local e alimentando especulações de que o governo de Donald Trump está preparando sanções contra Islamabad.

As imagens exibidas nesta semana na televisão paquistanesa mostram o primeiro-ministro recuperando sua bolsa e casaco e saindo de um posto de segurança no que parece ser um aeroporto americano. Notando que Abbasi tem um passaporte diplomático e recebe certos privilégios de privacidade como chefe de Estado, os analistas da TV paquistanesa disseram que a maneira indecorosa como o primeiro-ministro foi tratado causou vergonha ao país.

Abbasi esteve nos EUA há duas semanas em uma viagem particular para visitar sua irmã enferma, mas também se encontrou com o vice-presidente norte-americano Mike Pence. Pence teria dito a Abbasi que precisava fazer mais para tratar das preocupações dos EUA sobre os supostos vínculos do Paquistão com o terrorismo.

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O tratamento de Abbasi no aeroporto ocorre em meio a relatos de que o governo Trump está considerando sanções contra Islamabad por supostamente abrigar combatentes do Talibã que estão em guerra contra o governo apoiado pelos EUA no Afeganistão.

"As opções em consideração incluem a revogação do status do Paquistão como importante aliado que não está na OTAN, cortar permanentemente a ajuda militar dos EUA que foi suspensa há dois meses e até impor proibições de vistos ou outras sanções a indivíduos do governo paquistanês considerados responsáveis por fornecer apoio aos militantes", informou a revista Foreign Policy.

As relações entre Washington e Islamabad azedaram desde que Trump assumiu o cargo. Em uma série de tweets de janeiro, o presidente dos EUA atacou o Paquistão por oferecer um "paraíso seguro" para grupos terroristas.

"Os Estados Unidos deram ao Paquistão mais de US$ 33 bilhões em ajuda nos últimos 15 anos, e eles não nos deram nada além de mentiras e enganos, pensando em nossos líderes como tolos", escreveu Trump no Twitter.

Dias depois, Washington anunciou que estava suspendendo mais de US$ 900 milhões em ajuda de segurança ao Paquistão. Em resposta, Islamabad suspendeu os laços militares e a partilha de informações com os EUA.

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