Em entrevista à Sputnik Árabe, ex-militante falou sobre condições horríveis em que vivem membros do grupo.
"Líderes do grupo Faylaq al-Rahman nos humilhavam muito, deixavam-nos com fome. Eles nos forçavam a combater do lado deles, caso contrário privavam-nos de comida e água. Nós estávamos na mesma posição oprimida que o restante dos habitantes de Ghouta Oriental", desabafou o ex-militante.
"Lado a lado com soldados sírios, estou combatendo pela libertação de Ghouta Oriental e todo o território sírio da ocupação terrorista. Os terroristas forçavam centenas de pessoas, tais como eu, a combater em suas fileiras", comentou.
O sírio acrescentou que os líderes do grupo recebiam ordens do exterior, inclusive as de matar com fome e torturar os civis.
"As ordens eram cumpridas sem exceções, era impossível enganar [os comandantes]".
Ghouta Oriental foi ocupada por grupos armados ilegais em 2012, sendo considerada a última fortaleza rebelde localizada nos arredores de Damasco.
Atualmente, a região tem dois corredores humanitários funcionando para garantir a saída de civis e militantes. De acordo com o Ministério da Defesa russo, mais de 128 mil pessoas deixaram Ghouta Oriental, incluindo 9,6 mil terroristas e suas famílias, desde a abertura dos corredores humanitários.