O Grindr é o maior aplicativo do mundo de encontros para gays, bissexuais e transgêneros, de acordo com seu site. Trever Faden, fundador da empresa Atlas Lane, descobriu uma falha na Interface de Programação de Aplicativos (API) do Grindr que permitia aos usuários obter dados que antes não estavam disponíveis, incluindo fotos excluídas e os dados sobre localização de usuários que não eram para compartilhar.
Faden descobriu também outra falha no aplicativo: os dados do usuário eram enviados pela Internet sem criptografia. Em seu comunicado publicado no Twitter, o Grindr afirmou ter aplicado criptografa aos dados de usuários e obscurecido sua localização, apesar de não negar as acusações do vazamento atual. O canal russo RT entrou em contato com representantes do Grindr para comentários adicionais.
"Sempre que um usuário comunica suas credenciais de login a um terceiro lado, ele corre risco de que as informações de seu perfil, bem como informações sobre sua localização e metadados relacionados, sejam expostas […] Nós recomendamos que nossos usuários não compartilhem as informações pessoais de login com esses sites", escreveu a empresa.
A API do Grindr foi corrigida em 23 de março, contudo, algum dano pode ter sido causado. O Grindr tem usuários em 234 países e territórios por todo o mundo, porém, a homossexualidade ainda é considerada ilegal em mais de 70 países e é punida com pena de morte ao menos em 13, segundo os dados de 2016 da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA). Usuários do Grindr foram presos em operações realizadas por policiais no Egito, por exemplo.