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Ministro da Defesa nega golpe e uso da força pelo Exército antes do julgamento de Lula

© Fotos Públicas / Gcom-MT / Mayke ToscanoExército brasileiro.
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O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, negou que a fala do comandante do Exército Brasileiro, Eduardo Villas Bôas, signifique algum tipo de ameaça às vésperas do julgamento de um habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista ao jornal O Globo, Luna elogiou a gestão de Villas Bôas, e exaltou que trata-se de um militar "preocupado com os preceitos constitucionais", e que a mensagem postada por ele, na noite de terça-feira, não significa o uso da força.

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"O general Villas Bôas tem mostrado coerência, é uma marca de sua gestão. Ele tem preocupação com preceitos constitucionais. E valoriza nossas bases, que são os anseios do povo, o legado em termos de valores para as gerações futuras. A mensagem é que a população pode ficar tranquila, pois as instituições estão aqui. Não é uma mensagem de uso da força. É o contrário", comentou o ministro interino.

Luna ainda garantiu que "não há reprovação dentro do governo" e que Villas Bôas "jamais faria algo diferente disso", referindo-se ao respeito à Constituição Federal de 1988.

Em sua mensagem, o comandante do Exército informou que os militares estariam atentos "às suas missões institucionais", e que compartilham "o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição".

O tom do comentário gerou diversas reações. Dentro da caserna, Villas Bôas recebeu o apoio de vários generais. Fora dela, vários setores da sociedade interpretaram a fala como uma ameaça direta aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgam a partir das 14h desta quarta-feira o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Lula.

A assessoria da Presidência da República informou que o presidente Michel Temer (MDB) não iria comentar a fala de Villas Bôas. No lugar disso, ele chamou o filósofo Denis Rosenfield para ser um consultor e um interlocutor junto às Forças Armadas, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Já o Centro de Comunicação Social do Exército informou que a mensagem do general é sua opinião pessoal sobre a situação do país.

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