Para o especialista, a Rússia precisa de dólares em troca de exportações porque a criptomoeda é, de fato, obrigações da Venezuela perante seus credores, como quaisquer outras dívidas em que a Venezuela já ludibriou.
"Por isso acho que não é uma boa ideia. O governo, que já desarrumou um sistema monetário, arruinaria o outro. O fato de que se trata de uma criptomoeda não muda nada. É uma espécie de unidade de conta lastreada pelas obrigações dos seus emissores", disse ele ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Golubovsky sublinhou que os EUA estiveram contra o lançamento do petro e ameaçavam com sanções contra as entidades que planejavam usá-lo. Grandes empresas ou fornecedores não realizarão pagamentos com petro: não é um ativo líquido e ainda não está claro o que é possível fazer com essa criptomoeda no futuro, e como classificá-la na contabilidade.
Para analista, até que o dólar continue sendo a principal moeda da economia mundial, a opinião dos EUA importa.
Entretanto, Golubovsky opinou que uma criptomoeda merece atenção. Através do petro é possível estabilizar o sistema financeiro interno e substituir a divisa nacional que perdeu a confiança do povo.
Vários economistas opinam que o petro representa um golpe duro para os domínios econômicos e financeiros dos EUA. Com a nova criptomoeda venezuelana é possível realizar transações diretas sem passar pelas instituições financeiras controladas pelos EUA.