Segundo o canal, o ministério confirmou ter apagado de sua página oficial um tweet publicado no dia 22 de março, em que afirmou que os cientistas do laboratório militar Porton Down haviam estabelecido que o agente nervoso A-234 (também conhecido como Novichok) foi fabricado na Rússia.
O ministério britânico informou que o "comunicado foi entregue no Twitter diretamente durante briefing do embaixador britânico em Moscou". Além disso, os diplomatas adicionaram que as palavras do embaixador foram interpretadas em um dos tweets de forma errada. Enquanto isso, o canal assinalou que o ministério não detalhou quando esse comunicado foi apagado do Twitter.
Curiosamente, o MRI britânico desmentiu também que o chanceler Boris Johnson teria afirmado que o agente nervoso veio "categoricamente" da Rússia, enquanto a gravação de uma entrevista com ele mostra o contrário.
WATCH: Boris Johnson blatantly lies to Deutsche Welle and says Porton Down lab were “absolutely categorical” that Russia was behind the Salisbury nerve agent attack
— Socialist Voice 🌹 (@SocialistVoice) 3 de abril de 2018
On 03/04/18, Porton Down lab said they are unable to confirm the origin of the nerve agentpic.twitter.com/Uhxes9ptVn
Anteriormente, na terça-feira (3), o chefe do laboratório militar Porton Down, Gary Aitkenhead, declarou que os especialistas não conseguiram identificar a fonte precisa da substância usada para envenenar o ex-agente russo, Sergei Skripal.
Londres responsabilizou Moscou por estar envolvida no ataque, alegando que a substância com a qual o Skripal foi envenenado era de fabricação russa. Baseando-se nestas acusações, o Reino Unido e 28 outros países expulsaram um total de 153 diplomatas russos.
Em 3 de abril, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que substâncias semelhantes ao agente nervoso A-234, supostamente usado no envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal, podem ser produzidas em aproximadamente 20 países.