Cientistas têm estudado a possibilidade das nuvens de Vênus terem vida desde os anos 1960, mas apenas recentemente conseguiram descobrir as caraterísticas de suas manchas.
Mogul admitiu que as temperaturas e pressões em Vênus são de fato muito duras para a vida do tipo da existente na Terra, mas há regiões com condições menos severas.
"Postulamos, como já fizeram outros, que em resultado de pressões seletivas (biológicas), a vida migrou à região de nuvens mais baixas enquanto a superfície de Vênus se tornou inóspita", explicou o cientista em entrevista à Sputnik Internacional.
Como afirmaram anteriormente os especialistas, a única maneira de verificar se o planeta pode ter vida é tirar amostras de suas nuvens. Porém, segundo disse Mogul, no momento não há planos ativos para analisar as nuvens de Vênus. Mesmo assim, os especialistas esperam despertar o interesse pelo planeta, estimulando uma exploração deste em termos de habitabilidade, como foi feito para Marte.
Caso o estudo desta questão passe do plano teórico para o prático, a descoberta de evidências de vida em Vênus será um enorme avanço.
"Encontrar vida ou evidências de vida em Vênus (ou em qualquer outro lugar do Sistema Solar) seria monumental para a ciência e sociedade. A Terra é mesmo tão única? Não saberemos a resposta a menos que comecemos buscando ativamente a vida", comentou o interlocutor da Sputnik.
Ainda por cima, encontrar evidências de vida em Vênus, se forem encontradas, aumentarão as chances de achar vida ou suas evidências em outros astros, tais como Marte, Europa (satélite natural de Júpiter) ou Encélado (maior satélite natural de Saturno), entre outros.