Contudo, nesta quarta-feira (4), a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, durante seu discurso na Universidade Duke, situada no estado da Carolina do Norte, declarou que no futuro próximo Washington não planeja retirar suas tropas da Síria.
"A afirmação de Trump sobre a retirada em breve das tropas norte-americanas da Síria e o cancelamento posterior dessa decisão é o resultado da pressão de diferentes forças políticas e da chefia militar sobre as decisões [do presidente]. Também, houve um sentido geopolítico. As afirmações de Trump serviram como provocação para obter financiamento por parte da Arábia Saudita. Em troca de novas injeções de capital os norte-americanos continuaram a operação militar na Síria", explicou.
"As autoridades norte-americanas sabem que sua presença na Síria não afeta o regulamento político, tampouco afeta a operação militar na região. Contudo, essa provocação simples foi encenada para o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman. O príncipe segue plenamente o plano delineado pelos norte-americanos e israelenses", afirmou o analista.
"A expressão pública de apoio dos terroristas [a Abu Bakr al-Baghdadi] não aconteceu por acaso. Alguém planejou e lançou esse 'apoio'. Logo que se começou falando sobre novas injeções financeiras, os terroristas intensificaram sua atividade. Agora é preciso monitorar suas fontes de financiamento com uma atenção especial", afirmou.
O analista acrescentou que, no momento, os norte-americanos não estão estudando as possibilidades de retirar suas tropas da Síria, já que se trata de uma operação bem dispendiosa.
"Especialmente depois de terem sido gastos enormes recursos para treinamento das Forças Democráticas da Síria (FDS)", ressaltou.