"A Europa só será salva se começarem a nascer mais bebês. Perdemos a ligação com as tradições e estamos destinados a desaparecer", declarou recentemente o filósofo e ex-deputado do Parlamento italiano Eugenio Mazzarella, do Partido Democrático.
Para ele, a Europa de hoje tem a tendência de "negar" os seus valores, glorificando tudo o que é temporário e inútil. Nenhuma civilização é capaz de prosperar e, o que é mais importante, existir por muito tempo se se baseia em tais princípios contraditórios.
Eugenio Mazzarella nota que a viragem para os valores não tradicionais começou ainda nos anos 50-60 do século XX por várias razões. Uma delas é a criação de um homem sem tais "limitações" como a família, religião e as ligações sociais, o que levou ao aparecimento do "consumidor ideal", quer dizer um homem que vive para consumir.
Por outro lado, o individualismo extremo e a falta de ideais levaram a que os cidadãos ocidentais sejam facilmente sujeitos a qualquer influência ideológica.
O especialista nota que, hoje, os homens se tornam cada vez mais parecidos com as mulheres, o que foi resultado dos ataques nos anos 70 na mídia contra as ideias do "masculino" no Ocidente por causa da influência do feminismo. Daí sai a ideia de que o homem tem que abandonar a sua natureza masculina. Tudo isso, ressalta, leva ao colapso demográfico.
Também Eugenio Mazzarella opina que, hoje em dia, o Ocidente já morreu clinicamente ao perder a sua identidade espiritual e cultural, vivendo um colapso demográfico. Por isso, o autor adverte que o Ocidente deve pensar melhor, caso contrário, se arrisca a ser colonizado pelos imigrantes, mais jovens e com maior taxa de natalidade.