"A OTAN não vai realizar manobras no território da República Sérvia porque os cidadãos estão contra isso e não confiam na aliança", afirmou no dia 3 de abril Milorad Dodik, presidente da República Sérvia, durante uma coletiva de imprensa.
Posteriormente, Sarajevo desmentiu as informações sobre o urânio empobrecido. A embaixada da Bósnia e Herzegovina assinalou também que, caso as manobras se realizem, as munições reais não serão utilizadas, enquanto o envolvimento dos aviões A-10 somente está sendo considerado como uma das opções.
Contudo, segundo assinalou Dodik, "não podemos confiar em promessas, já que todos sabem: quando os aviões de combate dos EUA aterrissam em algum território, as autoridades locais não podem controlar a situação".
Em entrevista à Sputnik Sérvia, o especialista em segurança internacional, Predrag Ceranic, comentou a situação.
"Seria bom se a OTAN fornecesse informações completas [sobre essas manobras], já que isso poderia acalmar um pouco a população que já sofreu demais com as operações da OTAN e ainda continua sentindo suas consequências", afirmou.
De acordo com ele, as intenções de realizar manobras militares no território da República Sérvia demonstram que a OTAN tenciona envolver a Bósnia e Herzegovina na aliança.
Por sua vez, o coronel aposentado Milovan Milutinovic afirmou à Sputnik Sérvia que o polígono de Manjaca não é o local adequado para utilizar projetis de urânio empobrecido. Milutinovic recordou que o Exército Popular Iugoslavo realizava exercícios de fogo real nesse polígono, contudo, naquela época a área não estava tão densamente povoada como hoje em dia.