Segundo Viktoria, sua prima Yulia, de 33 anos de idade, que está se recuperando do suposto ataque por envenenamento, deseja voltar para a Rússia o mais rápido possível para ver sua família. Ela confidenciou que Yulia tinha um namorado, um animal de estimação e um emprego em Moscou.
"Ela tem um cachorro aqui, tem uma vida aqui, trabalha aqui e tem uma pessoa amada aqui", disse ela ao jornal The Sunday Telegraph.
A sobrinha de Skripal também acrescentou que queria ir à Scotland Yard para "dar explicações, se eles estivessem interessados em alguma coisa". Ela negou que o Kremlin estivesse por trás de sua viagem planejada à Grã-Bretanha.
"Se os britânicos disserem que eu trabalho para os serviços especiais, eles que provem isso. Mostrem-me uma prova", disse Viktoria à mídia.
No início desta semana, Viktoria manteve uma conversa telefônica com uma mulher que ela disse ser Yulia e disponibilizou a gravação de áudio da chamada, a qual ainda não foi periciada. Durante a conversa, Viktoria disse à sua suposta prima que ela a visitaria se recebesse um visto, ao que a mulher respondeu que isso seria improvável.
O governo britânico negou um visto à Viktoria Skripal em 6 de abril, alegando que sua "solicitação não estava de acordo com as Regras de Imigração". No entanto, Viktoria não desistiu e está determinada a se dirigir diretamente a Theresa May para pedir a reconsideração da emissão do visto.
A polícia do Reino Unido divulgou recentemente uma declaração em nome de Yulia Skripal afirmando que sua "força estava aumentando diariamente", enquanto os médicos indicam que ela poderá se recuperar totalmente.
Sergei e Yulia Skripal têm sido tratados por mais de um mês depois de supostamente terem sido expostos ao agente nervoso A-234 em Salisbury, no Reino Unido. Theresa May afirmou que era "altamente provável" que a Rússia estivesse envolvida no ataque por envenenamento e ordenou a expulsão de 23 diplomatas russos – uma medida que provocou a expulsão coordenada de funcionários diplomáticos de dezenas de países em solidariedade com Londres. Moscou, por sua vez, tem negado veementemente qualquer envolvimento no incidente, oferecendo assistência à investigação e exigindo provas que confirmem as acusações.