O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan De Mistura, declarou durante a reunião do Conselho de Segurança que as Nações Unidas não podem verificar os relatos de um suposto ataque químico na cidade síria de Douma, no último sábado, mas destacou que uma investigação completa é necessária.
"Gostaria de lembrar o que o secretário-geral Antonio Guterres observou e eu gostaria de citá-lo que a ONU 'não está em posição de verificar este relatório', mas ele também deixou muito claro que não pode ignorá-lo", disse De Mistura.
Segundo ele, "qualquer uso de armas químicas, se confirmado, é repugnante e requer investigação completa".
Anteriormente, a agência estatal da Síria SANA comunicou que a base aérea T-4, localizada na província síria de Homs, foi alvo de um ataque de mísseis, apontando suspeitas de envolvimento dos EUA. Contudo, a Casa Branca desmentiu o envolvimento e frisou que, no momento, os EUA não estão realizando operações militares contra a Síria.
O ataque contra a base síria foi levado a cabo um dia depois de os EUA, UE, bem como a Turquia terem acusado o governo sírio de utilizar armas químicas em Ghouta Oriental. Várias mídias, citando fontes militares da área, comunicaram sobre o alegado ataque com cloro gasoso, o que, supostamente, resultou na morte de dezenas de civis.