Durante uma coletiva de imprensa com a imprensa internacional, dois dias após a eleição, Orban disse que seu governo já tinha elaborado um pacote legislativo "Stop Soros" antes da votação.
"A razão pela qual submetemos este pacote antes das eleições era permitir que os eleitores húngaros votassem conhecendo as nossas intenções", disse o político de 54 anos.
O partido Fidesz-União Cívica Húngara, de Orban, conseguiu a maioria de dois terços no parlamento do país e poderá governar com bastante folga, segundo analistas.
Uma das principais promessas de campanha do Fidesz era deter a "elite globalista" liderada pelo financista George Soros e por Bruxelas, minando a segurança da Europa e a cultura cristã através da imigração em massa de muçulmanos.
Críticos disseram que a medida lembrava a propaganda anti-semita do passado, pois Orban alertava sobre um "inimigo" que "não é nacional, mas internacional" e "especula com dinheiro".
Grupos da sociedade civil financiados por Soros e seus funcionários enfrentam há muito tempo regulamentações incômodas, perseguição de autoridades locais, ameaças e abuso online.
O pacote "Pare de Soros" promete aumentar a pressão, taxando e limitando a atuação de organizações não-governamentais financiadas por recursos estrangeiros.