Segundo os organizadores desta quarta edição da LAAD Security, são mais de cem marcas expositoras e previsão de receber mais de 9 mil profissionais que atuam em segurança pública. O evento começou nesta terça-feira (10) e vai até quinta-feira.
Ouvido pela Sputnik Brasil, o coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo José Vicente da Silva, hoje consultor em segurança pública, afirmou que eventos como a LAAD Security são muito importantes mas acentuou que as necessidades imediatas das polícias brasileiras são bem mais simples do que contar com equipamentos de altíssima complexidade.
Com a experiência de quem foi Secretário Nacional de Segurança Pública no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, Silva apontou quais os produtos que considera mais importantes para os policiais:
"Os produtos mais importantes para as forças da Segurança Pública são aqueles que podem ajudar para a eficiência da atividade policial. Nós temos uma demanda em algumas localidades do que chamamos de meia blindagem para veículos policiais. Ou seja, blindagem para os vidros laterais e os da frente, e a blindagem das portas para servir como escudo de proteção eventual. É muito raro acontecer confrontos mortais com policiais. Nós vemos uma grande quantidade de policiais assassinados no Rio de Janeiro mas 90% desses casos ocorrem com policiais que estavam de folga. São casos lamentáveis, não resta a menor dúvida. Quanto às mortes de policiais em serviço, a meu ver, elas ocorrem muito mais por problemas de [deficiência de] treinamento do que de equipamentos. As demandas que a polícia brasileira têm hoje são muito mais do que chamamos de soft power do que, propriamente, de armamento pesado."
Para o efetivo combate à criminalidade e para o sucesso das operações policiais, o coronel da reserva diz que há necessidade de confiança e de recursos materiais:
Perguntado se eventos como a LAAD Security podem contribuir para maior cooperação internacional no combate ao tráfico de armas, drogas e outras ações delituosas das organizações criminosas transnacionais, José Vicente da Silva respondeu:
"Os eventos para cuidar desses problemas de ordem internacional dizem respeito aos governos dos países e não aos fabricantes de equipamentos de segurança. Nós precisaríamos mobilizar as forças governamentais para entendimentos diretos com outros governos, principalmente os dos países vizinhos ao Brasil, de modo a articular ações conjuntas para enfrentar as ações de criminosos que são muito organizados."