Na segunda-feira (9), surgiram notícias que a casa de Sergei Skripal, o pub Milly e o restaurante, onde estiveram o ex-espião e sua filha Yulia antes do envenenamento, serão demolidos.
O diplomata russo afirmou que desde 4 de março, dia em que os Skripal foram encontrados inconscientes em Salisbury, a parte britânica tem feito de tudo para impedir acesso da Rússia ao caso.
"O Reino Unido não presta nenhuma informação sobre o estado da investigação, bloqueando constantemente representantes russos de ter acesso às evidências, tais como amostras do agente nervoso, usado em Salisbury", acrescentou o diplomata.
Ele ressaltou que o Reino Unido fez sérias acusações contra Moscou, mas, há quase um mês, elas ainda não foram confirmadas.
"Temos a impressão de que o governo britânico está tentando propositalmente destruir todas as provas potenciais e classificar todos os materiais restantes, excluindo a possibilidade de uma investigação independente e transparente", ressaltou.
O incidente com envenenamento do ex-agente e sua filha provocou agravamento das relações russo-britânicas e levou a um grande escândalo diplomático, seguido pela expulsão de diplomatas russos de vários países. Londres afirma que os Skripal foram envenenados com o agente nervoso A-234 (conhecido como Novichok), acusando Moscou de estar ligada ao incidente. A parte russa nega todas as acusações. Segundo as últimas informações, Yulia Skripal já teve alta e seu pai está se recuperando.