Segundo Abshenass, que também preside a associação de jornalistas livres do Irã, NGO Internacional, e é um dos especialistas em temas sobre Oriente Médio na Universidade de Teerã, o alegado ataque com armas químicas em Douma é somente um pretexto.
"Acontece que os terroristas alimentados por americanos e sauditas sofreram uma derrota em Ghouta Oriental. Por isso, EUA e Israel estão tentando acabar com o equilíbrio de forças na Síria", explicou o jornalista.
Ele acrescentou que o Irã ainda não atacou as forças norte-americanos em respeito ao diálogo que Moscou tenta estabelecer com Washington. Se o diálogo acabar, adverte o intrlocutor da Sputnik, nada impedirá as tropas iranianas de atacar.
"As tropas iranianas na Síria ainda não adotaram nenhuma medida drástica contra os americanos em respeito à Rússia".
"Se esse acordo for violado por parte dos EUA e do seu aliado Israel, Irã não terá mais motivos para não cruzar a linha vermelha. Ou seja, as forças dos EUA e aliados na Síria ficarão sob ataque. Eles poderão ver como o Irã oferecerá a mais enérgica resistência contra um ataque armado. Nessa situação todos poderão sofrer. Se eles [os americanos] seguirem em frente e perturbarem o equilíbrio das forças na região, não haverá mais lugar seguro para os militares americanos na Síria e no Oriente Médio", concluiu o especialista.