O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que no ano de 2017, apenas 10% da população brasileira detinham 43,3% dos rendimentos do país.
Já a parcela dos 10% mais pobres detinha apenas 0,7% dos rendimentos, segundo a pesquisa.
No nordeste a situação é ainda pior, onde esse número chega a 44,9 vezes. A alta concentração de renda na região vem acompanhada de uma possível menor oferta de emprego na região, situação que se agrava na região Norte.
As duas regiões, Norte e Nordeste, têm as menores médias de rendimento mensal. Rendimento seria a soma de todas as fontes de renda dos indivíduos.
Enquanto a média geral do rendimento aponta que o brasileiro ganhou R$ 2.112,00 por mês em 2017, no Nordeste esse valor cai para R$ 1.429,00, enquanto na região Norte o valor é de R$ 1.541,00.
Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, os valores ficaram em R$ 2.479,00, R$ 2.459,00 e 2.373,00, respectivamente.
Rendimento da metade mais pobre caiu em 2017
Quando os o rendimentos são observados no valor per capita domiciliar, ou seja, distribuídos sobre os membros das famílias, a renda média cai para R$ 1.271,00.
A situação fica ainda mais grave quando o grupo em questão é dos 50% mais pobres. Com esse recorte a renda média é de apenas R$ 754,00. Esse valor diminuiu em 2,5% em relação a 2016.
Na região Nordeste, a renda média do estrato mais pobre da população em 2017 foi de R$ 487,00. Na melhor região nesse aspecto, a Sul, o valor ficou em R$ 974,00.
Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que mensurou o rendimento do brasileiro em 2017.