Por meio de uma carta enviada à Superintendência da Polícia Federal, local em que Lula está preso, o sindicato lembra que naquela instituição o público é atendido e, portanto, é preciso "segurança e agilidade", algo que não está acontecendo devido a as circunstâncias extraordinárias atuais.
Defensores de Lula e do Partido dos Trabalhadores (PT) permanecem acampados nas proximidades da delegacia de polícia em Curitiba desde o último dia 7 de abril, quando Lula chegou à cidade; a sede é cercada por um perímetro de segurança em que participam vários agentes da Polícia Federal.
O sindicato ressaltou que a presença de manifestantes e a necessidade de isolar a área ao redor do prédio já está causando transtornos aos vizinhos e àqueles que vêm em busca de atenção policial.
"Além disso, a polícia federal envolvida nesta operação de segurança não pode desenvolver suas atividades policiais normalmente", lamentaram.
O sindicato sugere que Lula seja transferido para uma área especial das Forças Armadas, mas, apesar de suas queixas, somente a Justiça pode determinar onde o ex-presidente cumprirá a sentença.
O líder petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, no caso do tríplex do Guarujá (SP).
No entanto, ele não está entre outros políticos que foram presos nesta operação anticorrupção, mas em uma sala particular, já que a Superintendência da Polícia Federal não é uma prisão comum.
Apesar das pressões da polícia e dos rumores dos últimos dias, o PT já avisou que não vai desmantelar o acampamento de Curitiba até a libertação de Lula, e também mudou simbolicamente a sede de seu endereço nacional de São Paulo para a capital paranaense.