"Nós podemos ver uma certa lógica nesse caso, o caso todo, esse assunto muito sério em Salisbury foi uma grande provocação contra meu país […]. [Agora] aqui todo mundo está falando, e lendo os artigos sob o olhar dos políticos britânicos e da mídia britânica, [por quem] a Rússia é pintada, se eu for generoso, não da melhor forma […].
No entanto, Yakovenko observou que Moscou estava lidando com essas questões "caso a caso", de forma separada.
Nas últimas semanas, o Ocidente acusou repetidamente a Rússia de envolvimento em um ataque químico ou pelo menos de ter apoiado quem supostamente usou tais armas químicas.
Em março, o espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes em um banco de um shopping center na cidade britânica de Salisbury.
O Reino Unido acusou Moscou de orquestrar o ataque com o que os especialistas britânicos afirmam ser um agente nervoso A234. Logo após o incidente, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos. Desde então, mais de 25 países expulsaram diplomatas russos "em solidariedade" a Londres.
A tensão na Síria cresceu significativamente na semana passada por causa de um suposto ataque químico na cidade de Douma, localizada no subúrbio de Damasco, em Ghouta, no leste do país, cujos relatos surgiram no sábado (7). A União Europeia e os Estados Unidos culparam o presidente sírio Bashar Assad pelo incidente, mas Damasco refutou as acusações.
Na quarta-feira (11), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a Rússia, que apoia Assad, deveria "se preparar", já que mísseis "bons" e "inteligentes" deveriam atingir a Síria.
Moscou pediu uma investigação completa sobre o suposto ataque antes que conclusões sejam tiradas. Mais cedo nesta sexta-feira (13), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscou tinha provas irrefutáveis de que o incidente em Douma foi encenado com o envolvimento de serviços de segurança estrangeiros.