Em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada por Moscou, o diplomata Vassily Nebenzia condenou o que chamou de "menosprezo pela lei internacional" a agressão conduzida por EUA, França e Reino Unido.
De acordo com o embaixador russo, a Rússia tentou convencer de todas as maneiras o governo do presidente Donald Trump a não usar meios militares, motivado por um suposto ataque químico contra civis na cidade síria de Douma – Washington atribuiu a Damasco a responsabilidade, o que o presidente sírio Bashar Assad nega.
Além disso, Nebenzia chamou de "hooliganismo nas relações internacionais" a atitude belicosa de Washington, já que instalações usadas apenas para lutar contra o terrorismo e para fins pacíficos foram destruídas pelo ataque norte-americano contra a Síria.
O diplomata russo pediu ainda que o conselho condene o ataque e trabalhe para impedir que novas agressões contra um Estado soberano ocorram, uma vez que o uso da força pouco contribui para o processo de paz em solo sírio.
Antes do representante russo, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o episódio e pediu calma a todos os membros do conselho. Segundo ele, investigadores internacionais já estão na Síria para investigar o episódio em Douma.