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Quase réu no STF, Aécio admite ter sido 'ingênuo', mas nega propina da JBS

© Marcos Oliveira/ Agência Senado/ FotosPúblicasAécio Neves, citado nas gravações das conversas entre Romero Jucá e Sérgio Machado como o "primeiro a ser comido" caso a Lava-Jato prosseguisse
Aécio Neves, citado nas gravações das conversas entre Romero Jucá e Sérgio Machado como o primeiro a ser comido caso a Lava-Jato prosseguisse - Sputnik Brasil
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu nesta segunda-feira ter cometido erros e ter sido "ingênuo", porém negou ter cometido qualquer ilegalidade no caso que o liga a um pagamento de propina, denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), feito pelo empresário Joesley Batista, da JBS.

Em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, o tucano se defendeu da acusação de corrupção passiva, que será analisada nesta terça-feira pela Primeira Turma do STF e que, se aceita, o tornará réu pela primeira vez na Operação Lava Jato – o senador é alvo de outros 9 inquéritos na Corte.

"Fui ingênuo, cometi erros e me penitencio diariamente por eles. Mas não cometi nenhuma ilegalidade. Por isso, não esmoreço. Em nome da minha história, da minha família e de todos aqueles que confiaram a mim a esperança de uma Minas Gerais e de um Brasil melhor, sigo em frente, porque sei que a verdade vai prevalecer", justificou Aécio.

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Dizendo "oferecer fatos", o tucano afirmou ter precisado contratar advogados no começo do ano passado e, sem recursos pessoais disponíveis, ele buscou um empréstimo por meio da venda de um apartamento no Rio de Janeiro. Segundo ele, os R$ 2 milhões apalavrados com Joesley – que constam em uma gravação entre os dois – eram sobre isso apenas.

"Recebi, de boa-fé, o delator no hotel em que estava e, numa conversa criminosamente gravada e induzida por ele, permiti-me usar um vocabulário inadequado e fazer brincadeiras injustificáveis e de enorme mau gosto, das quais me arrependo profundamente", continuou, referindo-se a palavrões e ao dizer que mandaria matar um primo, Frederico Pacheco, também denunciado.

Além de se desculpar com Pacheco, com a irmã Andrea Neves, e com Mendherson Souza Lima (ex-assessor do senador tucano Zezé Perrella, aliado de Aécio) – todos também denunciados pela PGR no mesmo processo –, o presidenciável do PSDB em 2014 negou qualquer ilegalidade nos seus atos.

"Errei em aceitá-lo. Mas não cometi nenhum crime. Não houve nenhum prejuízo aos cofres públicos. Ninguém foi lesado", afirmou.

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