Principal jornal norte-coreano, o Rodong Sinmun publicou uma mensagem em que defendeu a posição de Teerã frente às grandes potenciais ocidentais, no que resultou o documento de 2015, no qual o Irã abdicava de desenvolver armas nucleares em troca de relaxamento das sanções.
"O Irã está recebendo apoio total de seu povo, já que Teerã está construindo suas capacidades de defesa sem ser perturbado", publicou o jornal da Coreia do Norte. De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, a nota seria uma tentativa de Pyongyang reforçar sua posição de barganha antes das cúpulas.
Para o Rodong Sinmun, o Irã está desenvolvendo seus programas de mísseis sem ceder à pressão externa porque eles não são limitados por seu acordo nuclear – interpretação disputada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que advoga pelo fim do acordo, descrito por ele como o pior já feito por Washington.
A troca de farpas entre americanos e persas é um alerta para Pyongyang, que sabe que a sua desnuclearização estará no topo da agenda das duas cúpulas, mas deverá pressionar por garantias contra situações vividas antes por Iraque e Líbia – ambos abdicaram de programas nucleares, como queriam os EUA, para depois se verem alvos da Casa Branca.
Segundo o que já está pré-acordado entre Seul e Pyongyang, o líder norte-coreano Kim Jong-un deve se reunir com o presidente sul-coreano Moon Jae na próxima sexta-feira. Em seguida, Kim deverá se reunir com Trump, possivelmente em maio ou junho, em data e local a serem definidos.