Na noite da sexta-feira (13), ataques à mísseis foram realizados por uma frente aliada dos EUA, Reino Unido e França no fim de semana foram em resposta a um suposto ataque com armas químicas na cidade de Douma, em 7 de abril, no qual 40 pessoas teriam morrido.
Em uma defesa apaixonada ao Parlamento Europeu, Macron disse que os aliados ocidentais agiram para defender as regras globais e acusou o líder sírio Bashar al-Assad de estar "em guerra com seu povo", segundo informa a agência AFP.
"Vamos olhar nossos princípios e perguntar para onde queremos ir. Esses ataques não resolverão nada, mas acabarão com um sistema ao qual estamos nos acostumando, o que seria que, de alguma forma, o lado correto se tornou o lado fraco", disse Macron.
Com o resto da União Europeia e do Ocidente evitando a ação militar, Macron acrescentou: "Três países intervieram, e deixe-me ser bastante franco, muito honesto — isto é para a honra da comunidade internacional".
Ele disse que os ataques que foram conduzidas "dentro de uma estrutura multilateral legítima e de maneira muito objetiva, sem nenhuma vítima humana, nem uma única vítima humana, para destruir três locais onde armas químicas estavam sendo produzidas ou processadas".
"Esses ataques não necessariamente resolvem nada, mas eu acho que eles foram importantes", disse ele.
Os comentários de Macron foram feitos ao mesmo tempo em que o governo francês afirmou, nesta terça-feira (17), que é "muito provável" que as evidências desapareçam do local do suposto ataque químico antes que especialistas internacionais em armas cheguem à área.
"É muito provável que evidências e elementos essenciais desapareçam do local, que é completamente controlado pelos exércitos russo e sírio", disse o ministério francês das Relações Exteriores, repetindo as preocupações dos EUA que foram rejeitadas pela Rússia.