Os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus, acompanhados do juiz federal Nivaldo Brunoni (o relator do caso, desembargador João Pedro Gebran Neto, está de férias), sequer analisaram o mérito dos embargos dos embargos, não dando conhecimento aos recursos da defesa.
Para a defesa do ex-presidente, Lula só poderia ser preso depois que esses recursos tivessem sido analisados pelo TRF-4. Entretanto, o juiz federal Sérgio Moro expediu o mandato de prisão contra o petista no dia 5 de abril, com o aval da corte de segunda instância.
A defesa entrou com os recursos finais no último dia 10 de abril, três dias após Lula ter se entregado à Polícia Federal (PF), mas os chamados embargos dos embargos não tinha poder de alterar a condenação de 12 anos e 1 mês, estabelecida em janeiro pelo TRF-4, reformando a pena de 9 anos e 6 meses ditada por Moro na primeira instância.
Lula foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente teria recebido milhões em propina da OAS em troca de vantagens em contratos firmados com a Petrobras. Uma das formas de repasses seria a compra e reforma de um tríplex na cobertura do Edifício Solaris, no Guarujá.
O petista sempre negou todos os crimes e afirmou que nunca foi dono do imóvel. Ainda cabem recursos junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).