Ex-funcionário do Pentágono condena ataque dos EUA e aliados na Síria

© AP Photo / Hassan AmmarMísseis cruzam horizonte de Damasco durante ataque dos EUA contra Síria, 14 de abril de 2018
Mísseis cruzam horizonte de Damasco durante ataque dos EUA contra Síria, 14 de abril de 2018 - Sputnik Brasil
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O último ataque de mísseis dos países ocidentais contra a Síria mostra a convicção errada dos políticos norte-americanos de que, através das armas de alta precisão, eles podem derrubar governos e mudar o rumo dos conflitos, acredita o ex-analista do Departamento de Defesa norte-americano Chuck Spinney.

"Acho que esses ataques são um exemplo típico que mostra que estamos a enganar-nos a nós próprios acreditando que nossas tecnologias complexas nos dão uma capacidade revolucionária de ver e entender nosso inimigo, identificar suas atividades importantes e vitais", disse ele em uma entrevista à Sputnik.

Segundo Spinney, a posse de armas de alta precisão cria um tipo especial de visão do mundo tanto na esfera militar como na política, visão que influi nos políticos (tais como o assessor de segurança nacional do presidente dos EUA, John Bolton) que não sabem nada sobre os limites das capacidades dessas tecnologias.

As defesas aéreas da Síria contra-atacam depois de ataques aéreos das forças norte-americanas, britânicas e francesas em Damasco, na Síria, nesta imagem obtida de um vídeo datado de 14 de abril de 2018. - Sputnik Brasil
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Para o analista, o entusiasmo dos políticos norte-americanos em relação aos sistemas de longo alcance e armas de alta precisão levou a que eles acreditassem que podem influenciar os países e diferentes conflitos por todo o mundo.

"Os politiqueiros pensam que podem estar em Washington e controlar a cada instante um conflito em outra parte do planeta. Essa concepção do mundo leva a diferentes ideias imprudentes de controle dos acontecimentos e lançamento de sinais, a erros e à escalada", explicou ele.

Na madrugada de 14 de abril, os EUA, Reino Unido e França, efetuaram um ataque de mísseis contra infraestruturas militares e civis sírias. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, foram lançados 103 mísseis de cruzeiro, cuja maior parte foi interceptada pelos sistemas antiaéreos sírios. O pretexto para o ataque foi o incidente em 7 de abril, na cidade síria de Douma, onde alegadamente teriam sido usadas armas químicas.

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