Em uma conferência telefônica com repórteres asiáticos após a cúpula de dois dias entre Trump e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, o embaixador dos Estados Unidos no Japão, Bill Hagerty, declarou que os EUA querem o fim de armas químicas e biológicas de Pyongyang.
"Tivemos amplas discussões sobre o tema e se estendeu além da desnuclearização aos temas de armas químicas e biológicas também. A intenção do presidente é ver todas essas armas de destruição em massa eliminadas da península coreana e a estratégia permanece a mesma em termos de aspectos completos, verificáveis e irreversíveis da desnuclearização", afirmou.
As armas químicas e biológicas norte-coreanas já foram noticiadas no passado. Em outubro de 2017, o relatório divulgado em outubro pelo Centro Belfer da Escola Kennedy da Universidade de Harvard indicou que Pyongyang já possui armas biológicas e suas instalações industriais são capazes de produzir essas armas. Já a Coreia do Norte negou ter tais armas.
Questionado sobre o tempo que Washington daria para Pyongyang implementar a sua desnuclearização, Hagerty preferiu contemporizar e não responder – especula-se que Trump dará seis meses para Kim pôr fim ao seu programa nuclear –, focando suas atenções na construção de uma agenda exequível.
"Deixe-me ser claro que uma reunião entre os dois líderes não é um fim em si mesmo. O presidente não tem interesse em ter uma reunião em nome da reunião", observou Hagerty. "Tudo isso visa assegurar que tenhamos uma reunião construtiva e que avance nossa agenda".
Ainda não há data e local definidos para o histórico encontro entre Trump e Kim, mas a expectativa é que a reunião aconteça entre maio e junho. Altos funcionários dos dois países têm mantido contato frequente para acertar os últimos detalhes da cúpula – o diretor da CIA, Mike Pompeo, recentemente se reuniu com o líder norte-coreano como parte dos preparativos.