Nicarágua registra mais de 30 mortos em protestos contra novo sistema de previdência

© REUTERS / Oswaldo RivasAlunos da Universidade Pública da Universidade Agrária (UNA) protestam contra reformas que implementam mudanças nos planos de pensão do Instituto Nacional de Seguro Social da Nicarágua (INSS).
Alunos da Universidade Pública da Universidade Agrária (UNA) protestam contra reformas que implementam mudanças nos planos de pensão do Instituto Nacional de Seguro Social da Nicarágua (INSS). - Sputnik Brasil
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Mais de 30 pessoas foram mortas em protestos violentos contra o governo do presidente Daniel Ortega e sua reforma do sistema de previdência social na Nicarágua, informou o portal de notícias Prensa neste domingo.

O diretor do programa de notícias Meridiano, Angel Gaona, estava entre os mortos. Ele cobria ao vivo os protestos através de redes sociais.

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Os manifestantes morreram em confrontos com a polícia em cidades de todo o país, acrescentou o jornal. No domingo, em meio aos confrontos em curso, as pessoas começaram a roubar lojas na capital do país, Manágua.

Enquanto os protestos se tornavam cada vez mais violentos, o papa Francisco expressou no início do dia sua preocupação com os acontecimentos na Nicarágua, acrescentando que esperava a solução pacífica da situação.

"O papa disse que estava perto do povo da Nicarágua em oração e uniu sua voz à dos bispos da Nicarágua, que pediram o fim da violência. O papa Francisco está pedindo o fim da violência e resolução pacífica de conflitos com um senso de responsabilidade", declarou o serviço de notícias da Secretaria de Comunicação da Santa Sé em um comunicado à imprensa.

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O presidente Ortega, por sua vez, atribuiu a responsabilidade pela turbulência em curso a "pequenos grupos da oposição". Enquanto isso, a crise atual é percebida por muitos como o maior desafio que Ortega enfrentou ao longo de sua presidência.

No início do dia, grupos de direitos humanos contabilizaram 24 mortes em manifestações em massa que começaram na quarta-feira, 18 de abril, quando a reforma que aumenta as contribuições de previdência social de empregadores e empregados entrou em vigor.

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