A Rússia recusou-se a participar da ampliação de capital do Banco Mundial porque não está de acordo com os novos princípios da sua política de crédito, que podem levar ao abandono dos mecanismos de apoio aos maiores e mais solventes devedores – a China e a Índia, declarou Storchak.
"A lógica do maior acionista [os EUA] é muito simples: um país que tem nas suas reservas títulos do Tesouro dos EUA não é pobre e pode obter crédito no mercado, em vez pedir emprestado esses recursos a ele [ao Banco Mundial]", explicou.
Entretanto, ele afirmou que os projetos de infraestrutura nos países mais pobres não são lucrativos, enquanto o Banco Mundial, como qualquer outra organização de crédito, deve ganhar dinheiro.
"Ele deve, pelo menos, prover o seu próprio funcionamento e ter seus próprios recursos para subsidiar a taxa de juro para os mais pobres, que não podem pedir créditos no mercado. Esta é uma contradição fundamental desta reforma", sublinhou Storchak.
Em 21 de abril os acionistas do Banco Mundial aprovaram um aumento de capital no valor de 13 bilhões de dólares (R$ 42 bilhões).