"Sem dúvida, devemos nos preparar para uma repetição das provocações, apesar de nossas fortes advertências dirigidas aos nossos colegas americanos e europeus, que participaram dessa aventura", disse o chefe da diplomacia russa nos bastidores de sua visita oficial à China.
O diplomata enfatizou que Moscou está preocupada com "os planos para o futuro que estão sendo desenvolvidos pelos colegas ocidentais".
"Ouvi recentemente que o presidente da França, Emmanuel Macron, já convocou os EUA a não retirarem suas tropas da Síria, mesmo quando o último terrorista for eliminado ou expulso do território daquele país […] que já é sobre uma postura bastante colonialista", advertiu.
Na véspera, Macron se disse contra uma retirada definitiva e total da Síria depois que a guerra contra os jihadistas terminar.
Em meados de abril, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França atacaram várias instalações sírias supostamente usadas em um programa de armas químicas clandestinas.
Segundo o Pentágono, foi uma represália pontual pelo alegado uso de agentes tóxicos na cidade síria de Douma, que Damasco e Moscou descreveram como uma "montagem".
O Ministério da Defesa da Rússia estima que os EUA e seus aliados usaram mais de cem mísseis de cruzeiro, bombas guiadas e mísseis ar-terra no ataque à Síria, a maioria dos quais foi interceptada pela defesa antiaérea síria com sistemas russos S-125, S-200, Buk, Kvadrat, Osa e Strela.