"Não podemos ignorar as ações dos Estados que se expandem e modernizar seus arsenais nucleares ameaçando seus vizinhos, assim como a Rússia, e deixam de cumprir as suas obrigações em matéria de controle de armas", disse Ford na reunião preparatória Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), uma cúpula a ser realizada em 2020.
Além disso, os EUA não podem "ignorar a influência destrutiva na segurança coletiva causada pelo uso repetido de armas químicas na Síria" e o incidente de Salisbury.
As tensões entre a Rússia e os EUA intensificou-se nas últimas semanas após o envenenamento do ex-agente duplo russo Sergei Skripal e sua filha em Salisbury, no Reino Unido, que Londres atribuiu a Moscou, o que deu início a uma onda de expulsões de diplomatas russos.
Os EUA não ficaram à margem e também participaram na campanha anti-russa enorme ao expulsar 60 diplomatas russos e fechar o consulado russo em Seattle. Já Moscou, que rejeita todas as acusações, respondeu de forma simétrica.
Outro evento que contribuiu para o agravamento das relações das duas potências mundiais foi um ataque por os EUA, França e Reino Unido contra a Síria em 14 de abril, em resposta a um suposto uso de armas químicas na cidade síria de Douma.
De acordo com Moscou, o 'ataque químico' na Douma era na verdade uma montagem que EUA e seus aliados usaram como pretexto para minar a soberania da Síria, violando tanto o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.