Trump estabeleceu o prazo final de 12 de maio para "consertar" o acordo de 2015, que restringe o programa nuclear de Teerã em troca de sanções e foi fruto de intensa diplomacia envolvendo os EUA, potências europeias, Rússia e China.
"Há tentativas de interferir na ordem internacional da qual as Nações Unidas dependem", afirmou Lavrov após conversar com seu colega chinês, Wang Yi, em Pequim. "Dissemos claramente à China que vamos parar as tentativas de sabotar esses acordos que foram aprovados em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU", explicou Lavrov.
Lavrov estava falando na véspera de uma reunião da Organização de Cooperação de Xangai, um bloco de segurança regional encabeçado por Moscou e Pequim. Chamando o acordo com o Irã de "uma das maiores conquistas da diplomacia internacional nos últimos tempos", Lavrov disse que "revisar este documento é inaceitável".
Trump ameaçou abandonar o acordo, a menos que as nações europeias concordem em complementá-lo com controles mais rígidos sobre o programa de mísseis do Irã e sua capacidade futura de enriquecer o combustível nuclear.
Seus parceiros sustentam que a implementação do acordo sob o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) é a melhor maneira de impedir que Teerã busque uma bomba atômica.
O Irã avisou no último sábado que está pronto para retomar "vigorosamente" o enriquecimento nuclear se os Estados Unidos abandonarem o acordo.