Encontro entre as Coreias: um acordo é possível?

© REUTERS / KCNALíder da Coreia do Norte, Kim Jong Un discursa durante viagem a Pequim, China
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un discursa durante viagem a Pequim, China - Sputnik Brasil
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Tanto o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, como o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, estão à caminho de seu encontro histórico em Panmunjom, na zona desmilitarizada que separa os dois países.

Pouco meses atrás, os dois países pareciam estar prestes a entrar em guerra. Agora, os líderes farão um passeio, plantarão uma árvore, inspecionarão uma guarda de honra e irão desfrutar um banquete luxuoso. 

Não está claro, contudo, quais são as possibilidades de acordo neste encontro que deve ter como uma de suas principais pautas o crescente arsenal de armas nucleares da Coreia do Norte.

A agência de notícias norte-coreana disse que Kim discutirá "de coração aberto" com Moon "todas as questões que surgirem para melhorar as relações inter-coreanas e alcançar a paz, prosperidade e reunificação da península coreana" em uma cúpula "histórica".

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É o primeiro encontro encontro de líderes dos dois países desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. 

Armas nucleares estarão no topo da agenda. O Norte provavelmente ainda tem trabalho a fazer antes de aperfeiçoar os pontos tecnológicos mais refinados em suas armas nucleares de longo alcance, mas há pouca dúvida de que Pyongyang está no limiar de se tornar o que Kim diz que sua nação já é: um Estado nuclear.

A cúpula desta sexta-feira (27) será um evento chave para uma possível resolução pacífica desta questão. O evento, todavia, é visto com ceticismo por alguns já que diversos esforços diplomáticos anteriores falharam. 

Moon, um liberal cuja eleição no ano passado encerrou uma década de governo conservador em Seul, tentará fazer algum progresso antes de do possível encontro entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

Já a Coreia do Norte deve falar sobre os quase 30 mil militares dos EUA que estão estacionados no Sul e a a inexistência de um acordo de paz para encerrar oficialmente a Guerra da Coreia. Pyongyang argumenta que, por essas condições, as suas armas nucleares são necessárias. 

Um resultado possível do encontro desta sexta é o congelamento do programa de armas nucleares da Coreia do Norte e, posteriormente, sua possível desnuclearização.

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Seul e Washington devem pressionar para que qualquer congelamento seja acompanhado de inspeções externas rigorosas e irrestritas das instalações nucleares do Norte, uma vez que os acordos anteriores falharam por causa da falta de disposição de Pyongyang em franquear suas instalações. 

A Coreia do Sul, ao anunciar na quinta-feira alguns detalhes da reunião dos líderes, reconheceu que o ponto mais difícil de divergência entre as Coreias é o nível de comprometimento da desnuclearização do Norte. Kim teria dito que não precisaria de armas nucleares se a segurança de seu governo pudesse ser garantida e ameaças externas fossem removidas.

O local do encontro, o vilarejo Panmunjom, foi o mesmo local onde um desertor norte-coreano fugiu rumo ao Sul e foi alvo de tiros de seus ex-companheiros. 

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