Teerã "resistiu com sucesso às tentativas de intimidação dos Estados Unidos e de outros poderes arrogantes e vamos continuar resistindo", afirmou Khamenei nesta quinta-feira. "Todas as nações muçulmanas devem permanecer unidas contra a América e outros inimigos".
Os comentários do líder supremo seguem o aviso do presidente dos EUA, Donald Trump, de que o Irã "pagará um preço como poucos países já pagaram" em caso de qualquer ameaça, atacando o acordo nuclear de 2015 que ele disse ter "perdido as fundações".
Trump também observou que alguns países do Oriente Médio "não durariam uma semana" sem o apoio dos EUA, durante uma conferência de imprensa ao lado do presidente francês Emmanuel Macron.
Macron disse que acredita que um novo acordo com o Irã deve ser forjado, ao invés do acordo ser descartado, com o programa balístico do Irã e sua influência regional também cobertos. O JCPOA, que viu Teerã restringir seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções econômicas, é apenas um dos quatro pilares. Os outros, disse Macron, incluem o Irã abandonando seu desenvolvimento de mísseis balísticos e contendo sua influência na Síria, no Iraque e no Líbano.
Teerã sustenta que não pode haver um "plano B" para o acordo, com o ministro de Relações Exteriores, Mohammed Javad Zarif, dizendo recentemente que "é tudo ou nada".
A Rússia — também signatária do JCPOA, junto com EUA, França, Alemanha e Reino Unido — alertou nesta quinta-feira que qualquer mudança no acordo poderia interromper "um mecanismo equilibrado, que considera os interesses de todas as partes". Isso resultaria em "graves conseqüências para a segurança internacional e a não-proliferação", disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Maria Zakharova.