"Há mais de 80 mil extremistas de todo o Oriente Médio, membros das milícias xiitas, atuando na Síria sob controle iraniano", disse o embaixador israelense Danny Danon. Na quarta-feira, Danon foi eleito vice-presidente da 72ª Sessão da Assembleia Geral da ONU.
É provável que Danon esteja se referindo ao Hezbollah e possivelmente à Organização Badr, entre as mais ativas milícias xiitas na Síria, que lutaram ao lado do Exército Árabe Sírio e da Guarda Revolucionária do Irã contra o Exército Livre da Síria, a Frente al-Nusra, o Daesh e vários outros grupos extremistas islâmicos.
O Hezbollah é um partido político xiita e militar baseado no Líbano, rotulado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos em 1997. A organização evoluiu de uma estrutura baseada em células. A Organização Badr é um partido político iraquiano que lutou contra o Daesh no Iraque e ajudou o governo sírio a retomar Aleppo da Frente al-Nusra e de outros grupos extremistas.
O anúncio de Danon acontece após o ataque israelense contra a base aérea T-4 na Síria, que matou sete iranianos que operam no país em nome do governo sírio, realizado no dia 9 de abril.
Desde então, Israel vem se preparado para um potencial conflito militar. Na segunda-feira, Sputnik informou que o país realocou seus F-15 dos exercícios programados no Alasca para mantê-los em alerta máximo em Israel.