O tweet do presidente dos EUA foi publicado na última quinta-feira. Na mensagem, Trump parece direcionar uma ameaça velada aos países que decidirem apoiar a candidatura marroquina.
"Os EUA prepararam uma proposta forte com o Canadá e México para a Copa do Mundo de 2026. Seria uma pena se os países que sempre apoiamos fossem fazer lobby contra a proposta dos EUA. Por que devemos apoiar esses países quando eles não nos apoiam (inclusive nas Nações Unidas)?", afirmou.
The U.S. has put together a STRONG bid w/ Canada & Mexico for the 2026 World Cup. It would be a shame if countries that we always support were to lobby against the U.S. bid. Why should we be supporting these countries when they don’t support us (including at the United Nations)?
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 26 de abril de 2018
"Não podemos comentar declarações específicas relacionadas ao processo de licitação", disse a federação em um comunicado reproduzido pelo periódico britânico The Guardian. “Podemos apenas nos referir aos regulamentos da Fifa para a seleção do local para a competição final da Copa do Mundo FIFA 2026 e, em particular, para as regras de conduta da licitação incorporadas a ela".
As regras de conduta advertem explicitamente contra atividades de governos do país licitante que “possam afetar adversamente a integridade da escolha e criar uma influência indevida no Processo de Licitação”. É notório, porém, que o histórico de desrespeito ao regulamento é extenso. Só para citar um exemplo: o Qatar conseguiu o direito de sediar o torneio de 2022 depois que o então presidente francês, Nicolas Sarkozy orientou o então presidente da UEFA, Michel Platini a votar pela candidatura qatariana. Na ocasião, todas as confederações europeias votaram pelo reino.
A seu favor, a candidatura em conjunto dos EUA, Canadá e México conta com a vantagem de possuir infraestrutura quase pronta, além de dividir responsabilidades em um torneio que, pela primeira vez na história, terá 48 seleções participantes.