O jornal France Bleu, que foi o primeiro a obter a carta do prefeito Claude Arnaud, reproduziu a fala dele:
"Eu solenemente apelo ao Estado para impedir que os movimentos islâmicos fundamentalistas floresçam livremente em Lunel". Ele prosseguiu dizendo que a cidade foi vítima dos efeitos do islamismo radical, "a porta de entrada" do terrorismo islâmico.
O prefeito disse que Lunel havia atraído os holofotes da imprensa na sequência do notório processo judicial e classificou a cobertura do caso como "um verdadeiro massacre da mídia".
Alguns veículos compararam a "cidade da jihad" em solo francês a Molenbeek, nos arredores de Bruxelas, onde vários pistoleiros e homens-bomba por trás dos ataques de Paris em novembro de 2015 e ataques de transporte na Bélgica em 2016 se originaram.
Mais de 200 pessoas foram mortas em uma série de ataques terroristas na França desde janeiro de 2015. O ataque mais letal atingiu a França em novembro de 2015, com homens armados e homens-bomba mirando em vários locais parisienses e o estádio Stade de France, no subúrbio de Saint-Denis. O número de mortos subiu para 130, com cerca de 368 pessoas sofrendo ferimentos.
Menos de um ano depois, em 14 de julho de 2016, um caminhão de carga de 19 toneladas foi jogado contra a multidão que estava comemorando o Dia da Bastilha em Nice, deixando 86 pessoas mortas e 434 feridas.