Uma flotilha de navios de guerra do Grupo Marítimo Permanente da OTAN Dois (SNMG2) se dirige para o Mar Negro. O comando naval da OTAN descreveu as manobras como parte de um esforço contínuo para aumentar a estabilidade regional e um sinal de apoio aos estados membros da OTAN.
"A tensão em todas as regiões de presença da OTAN está aumentando. Isso acontece porque a organização tenta demonstrar a sua força, tenta exercer pressão sobre países que não fazem parte da aliança. Inclusive sobre a Rússia", disse à emissora RT o especialista militar, coronel da reserva do exército russo, Victor Litovkin.
Segundo Litovkin, essas manobras não ameaçam a Rússia, que possui um exército e marinha poderosos. Ele também lembrou que os navios de países sem acesso direto ao mar Negro só podem permanecer na região por no máximo 21 dias.
"Eles estão no seu direito. Nós, por outro lado, vamos acompanhar com atenção os seus movimentos e ações e reagir de maneira adequada", concluiu o militar.
No final de abril, o vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Anatoly Petrenko, disse que o Ministério não fazia objeções à presença de navios de guerra da OTAN no Mar Negro.
A atividade naval da OTAN no Mar Negro intensificou-se desde a eclosão da crise ucraniana, em 2014, e a subsequente reunificação da Crimeia com a Rússia.
O grupo, liderado pelo destroyer Type 45 HMS Duncan, conta com a fragata turca TCG Gaziantep e pela fragata romena ROS Regele Ferdinand.
Em Varna, o grupo realizou exercícios com a Marinha búlgara.
Esta não foi a primeira visita de USS Carney ao Mar Negro. Em julho de 2017 o navio participou de exercícios militares conjuntos "Sea Breeze 2017" com a marinha ucraniana, bem como em outubro de 2016.
Além disso, também em julho de 2017, os Batalhões de Construção Naval dos EUA iniciaram a construção de um centro de operações marítimas na Base Naval de Ochakiv, na Ucrânia.