"Enquanto Washington continua se afundando na 'russofobia', a interação em relação às questões importantes da agenda global sofre impasse. Isso afeta de forma negativa a situação internacional em que se acumularam vários problemas impossíveis de serem solucionados sem a colaboração entre Rússia e EUA", indicou Lavrov em entrevista ao jornal italiano Panorama.
O chanceler disse estar esperançoso que "com o passar do tempo, o bom senso prevalecerá nos corredores do poder de Washington".
"Queríamos estabelecer relações normais, previsíveis, e até mesmo boas com os EUA. Mas não à custa de princípios de negociação e interesses nacionais da Rússia", assinalou.
"Caso o presidente dos EUA sinalize esforços positivos, eles são plenamente anulados com a 'russofobia' exageradíssima no establishment norte-americano, onde nosso país é exposto como uma ameaça, favorecido pela 'contenção sistemática da Rússia através das sanções e outras ferramentas de pressão'", ressaltou Lavrov, concluindo que essa tendência não tem nada a ver com a realidade, sendo resultado da bagunça na política interna de Washington.