A Segunda Frota recém-reativada pelos Estados Unidos enfrentará submarinos russos no Atlântico, anunciou Bryan McGrath, ex-comandante do destróier norte-americano, em entrevista ao The Washington Post.
Anteriormente, os representantes da Marinha dos EUA anunciaram a reativação da Segunda Frota, justificando a decisão ao agravamento da competição com as grandes potências mundiais. O ressurgimento da Segunda Frota é um sinal de que os EUA têm a intenção de "agir de forma mais poderosa e convincente no Atlântico Norte", declarou McGrath.
Além disso, os submarinos russos equipados com minas e mísseis antissubmarinos são capazes de impedir o envio das forças da OTAN para apoiar os aliados na Aliança, acredita o analista.
De acordo com McGrath, a Segunda Frota começará em breve a patrulhar as fronteiras costeiras. Nessa operação serão envolvidos navios de superfície, navios não tripulados, submarinos de combate e aeronaves de reconhecimento marítimo P-8 Poseidon.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista em ciências políticas, Andrei Koshkin, comentou sobre estas declarações.
"Podemos constatar sérias mudanças na estrutura da capacidade de defesa dos Estados Unidos que hoje reconheceram sua franqueza e estão dispostos a fazer grandes investimentos para supostamente garantir sua segurança", afirmou Koshkin.
Ele também acrescentou que essas declarações revelam que existem graves lacunas na segurança dos EUA que os militares norte-americanos, por um lado gostariam de corrigir rapidamente, e por outro lado, isso seria um pretexto para aumentar seu orçamento militar.
A Segunda Frota da Marinha dos EUA existiu entre 1950 a 2011 e foi responsável pelo Oceano Atlântico desde o Polo Norte até o mar do Caribe. Atualmente, a Marinha dos EUA tem seis unidades de frotas ativas.